quinta-feira, 8 de maio de 2014

ínfimidade

[ou o Retorno de Saturno]




Em mim tenho um oceano em tormenta
Ondas que tumultuam, mareiam, e chacoalham razões
Um céu infinito em estrelas
Universo ininteligível
Por onde paira a alma, à deriva no vácuo silencioso
Anestesiada pela moção
Perguntas que se acumulam em desfiladeiros, onde certezas de pó se esvaem no vento e são dragadas para um escuro profundo
Que sorve faíscas e luzes
Um universo único, complexo, incompreensível
Que habita um ínfimo grão de areia, insignificante quando visto no deserto.

quarta-feira, 7 de maio de 2014