terça-feira, 7 de abril de 2015

Impropriedades minhas

Minha cabeça tá burra. Tá burra porque botou tanta coisa nela que não cabe. Daí fica tudo pela metade e nada mesmo funciona bem.
Dividi o meu eu e peguei o que sobrou. Tentando juntar as metades pra refazer um inteiro.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Caramujo



Às vezes o dentro de mim fica vazio,
oco mesmo, como concha do mar
que dá pra ouvir o oceano se encostar na orelha

porque tá vazio de coisas
mas tá cheio de vento e sonho

Às vezes os sonhos se espremem pra caber a dor
essa dor que é só de viver mesmo
que todo mundo que tem alma sente vez em quando.
Nada especial, nenhum desprivilegio que seja só de mim.


sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

A transcendência da insignificância

Cá estou eu
Ser insignificante no universo
Tão mínimo e comum
Minha cabeça que cria outros mundos e tantas questões complexas
Minha cabeça não entende sua insignificância
Não entende que pensa tanto pra ninguém
Somos bactérias numa vala imunda